quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Reportagem sobre a Lousa Digital com alunos da Escola Municipal Adelaide Thomé Chamma






Aluna da Escola Profª Adelaide Thomé Chamma na lousa digital: mais interesse no conteúdo.

EDUCAÇÃO
Lousa digital dinamiza aulas e deixa alunos mais atentos
Em Ponta Grossa, 300 professores receberam treinamento para complementar as aulas com tecnologia

PONTA GROSSA
25/10/2015  22h00  Gisele Barão, Especial para a Gazeta do Povo
Texto publicado na edição impressa de 26 de outubro de 2015
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Ferramentas digitais e acesso à internet são parte da rotina de muitas crianças. Algumas redes municipais de ensino também estão aderindo à tecnologia, como Ponta Grossa, nos Campos Gerais, que começou a usar o equipamento neste ano. A lousa digital está presente em 43 das 84 escolas municipais da cidade. Para os professores, a ferramenta gera mais interesse dos alunos no conteúdo e maiores possibilidades de aprendizado e interação.

A lousa digital faz parte dos recursos oferecidos pelo programa ProInfo Integrado, do Ministério da Educação (MEC). Cada escola recebeu um kit, composto por um projetor interativo, uma régua de recepção – que fica colada no quadro ou parede que vai receber a projeção – e duas canetas. Com ela, é possível acessar a internet, editar e mover imagens, escrever, desenhar e colorir, pois a tela, semelhante a de um computador, é sensível ao toque da caneta. O município investiu R$ 27,5 mil na aquisição das 43 lousas, e R$ 9 mil com os computadores interativos.

Antes de utilizar a ferramenta nas escolas, coordenadores pedagógicos e docentes recebem um curso no Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE). Desde abril, 300 professores receberam a formação, do total de 900 docentes do ensino fundamental. Posteriormente, as pedagogas prestam apoio aos professores no desenvolvimento das atividades em sala. A meta é capacitar todos os professores até 2016.

Inserir a escola no mundo digital e tornar as aulas mais interativas têm sido o foco do projeto, explica a coordenadora do NTE, Maristela Yurk Batista. “Essa nova dinâmica proporciona descobertas que despertam no aluno interesse investigativo. Isso vai poder garantir a permanência dos alunos nas séries subsequentes do ensino fundamental”, diz. A ideia não é substituir o tradicional quadro de giz, mas explorar novos recursos, como gráficos e mapas interativos. “Nesse processo interativo, o aluno está mais atuante, construindo junto com a professora. A percepção do aluno fica mais aguçada”, explica.

Algumas escolas têm optado por fixar o equipamento em um espaço, mas há possibilidade de transportá-lo para outras salas. Alguns professores que passaram pela formação no início do ano já estão utilizando a lousa nas aulas, como Eliane Cristina da Silva, da Escola Municipal Professora Adelaide Thomé Chamma. Desde março, ela procura usar a tecnologia uma vez por semana, dando preferência, quando possível, a grupos pequenos, para que todos possam interagir no equipamento. Durante as aulas, as crianças se oferecem para participar das atividades e até disputam para interagir com a lousa digital.

O trabalho com o novo recurso, na experiência de Eliane, tem deixado os estudantes mais interessados no conteúdo, inclusive em casa, onde estão deixando de lado os jogos comuns, a partir do incentivo a realizar pesquisas na internet para as tarefas escolares. “Os pais relatam que os alunos têm procurado jogos de alfabetização na internet”, conta. Eliane mantém um blog em que divulga algumas das práticas educacionais que adota em sala de aula, incluindo as atividades com a lousa digital. Os pais ficam mais bem informados sobre o aprendizado e sobre a participação dos alunos.


Colaborou Rosana Felix

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