Aluna da Escola Profª Adelaide Thomé Chamma na lousa digital: mais interesse no conteúdo.
EDUCAÇÃO
Lousa digital dinamiza aulas e deixa alunos mais atentos
Em Ponta Grossa, 300 professores receberam treinamento para
complementar as aulas com tecnologia
PONTA GROSSA
25/10/2015 22h00 Gisele Barão, Especial para a Gazeta do Povo
Texto publicado na edição impressa de 26 de outubro de 2015
305150Comentários (1)
Ferramentas digitais e acesso à internet são parte da rotina
de muitas crianças. Algumas redes municipais de ensino também estão aderindo à
tecnologia, como Ponta Grossa, nos Campos Gerais, que começou a usar o
equipamento neste ano. A lousa digital está presente em 43 das 84 escolas
municipais da cidade. Para os professores, a ferramenta gera mais interesse dos
alunos no conteúdo e maiores possibilidades de aprendizado e interação.
A lousa digital faz parte dos recursos oferecidos pelo
programa ProInfo Integrado, do Ministério da Educação (MEC). Cada escola
recebeu um kit, composto por um projetor interativo, uma régua de recepção –
que fica colada no quadro ou parede que vai receber a projeção – e duas
canetas. Com ela, é possível acessar a internet, editar e mover imagens,
escrever, desenhar e colorir, pois a tela, semelhante a de um computador, é
sensível ao toque da caneta. O município investiu R$ 27,5 mil na aquisição das
43 lousas, e R$ 9 mil com os computadores interativos.
Antes de utilizar a ferramenta nas escolas, coordenadores
pedagógicos e docentes recebem um curso no Núcleo de Tecnologia Educacional
(NTE). Desde abril, 300 professores receberam a formação, do total de 900
docentes do ensino fundamental. Posteriormente, as pedagogas prestam apoio aos
professores no desenvolvimento das atividades em sala. A meta é capacitar todos
os professores até 2016.
Inserir a escola no mundo digital e tornar as aulas mais
interativas têm sido o foco do projeto, explica a coordenadora do NTE,
Maristela Yurk Batista. “Essa nova dinâmica proporciona descobertas que
despertam no aluno interesse investigativo. Isso vai poder garantir a
permanência dos alunos nas séries subsequentes do ensino fundamental”, diz. A
ideia não é substituir o tradicional quadro de giz, mas explorar novos
recursos, como gráficos e mapas interativos. “Nesse processo interativo, o aluno
está mais atuante, construindo junto com a professora. A percepção do aluno
fica mais aguçada”, explica.
Algumas escolas têm optado por fixar o equipamento em um
espaço, mas há possibilidade de transportá-lo para outras salas. Alguns
professores que passaram pela formação no início do ano já estão utilizando a
lousa nas aulas, como Eliane Cristina da Silva, da Escola Municipal Professora
Adelaide Thomé Chamma. Desde março, ela procura usar a tecnologia uma vez por
semana, dando preferência, quando possível, a grupos pequenos, para que todos
possam interagir no equipamento. Durante as aulas, as crianças se oferecem para
participar das atividades e até disputam para interagir com a lousa digital.
O trabalho com o novo recurso, na experiência de Eliane, tem
deixado os estudantes mais interessados no conteúdo, inclusive em casa, onde
estão deixando de lado os jogos comuns, a partir do incentivo a realizar
pesquisas na internet para as tarefas escolares. “Os pais relatam que os alunos
têm procurado jogos de alfabetização na internet”, conta. Eliane mantém um blog
em que divulga algumas das práticas educacionais que adota em sala de aula,
incluindo as atividades com a lousa digital. Os pais ficam mais bem informados
sobre o aprendizado e sobre a participação dos alunos.
Colaborou Rosana Felix